Adequação do Vocabulário

 


Você possui o hábito de adequar seu vocabulário de acordo com a situação de fala/escrita em que se encontra? Se sim, ótimo! Se não, conheça a importância dessa atitude no post de hoje.


Para começar a falar sobre esse tema, vamos deixar claro o que seria a "adequação de vocabulário" com um exemplo:

Imaginem um dentista que é convidado por uma escola para realizar uma palestra sobre a importância dos cuidados com a saúde bucal. A turma que assistirá à palestra pertence ao ensino infantil.

O profissional, enquanto especialista em sua área, conhece diversos termos técnicos úteis para a exposição acerca da saúde bucal. Entretanto, me diga, o uso desses termos seria benéfico para a palestra em que foi convidado a realizar? Pensando que o público desse dentista, no momento de fala em questão, serão crianças que frequentam o ensino infantil, torna-se claro que sua fala precisará ser o mais simples possível, além de procurar ser lúdica, a fim de atrair a curiosidade dos pequenos.

Agora imaginem que esse mesmo dentista fará uma comunicação oral em um evento voltado à graduandos de odontologia, pertencentes ao último período do curso. Agora, nesse contexto, o profissional precisará construir uma fala simples e lúdica? Não, porque seu público se constitui de pessoas que compartilham dos termos técnicos da área e, portanto, são aptas a compreendê-los.

Os dois exemplos ilustram a adequação de vocabulário de maneira simples e direta.


Acima, falamos sobre a adequação do vocabulário no momento de fala, mas, na escrita, esse ato também precisa acontecer. Tenha sempre em mente seu público alvo a fim de produzir um texto que seja efetivo na tarefa de produzir sentidos, ou seja, de ser compreendido pelo seu leitor.

De nada adianta escrever um texto longo e rebuscado, se seu objetivo com a produção é divulgá-lo no Instagram, por exemplo. Os usuários da rede social buscam conteúdos dinâmicos, rápidos, interativos, visuais... Portanto, seu escrito precisa atender a essa expectativa do público alvo a fim de ser lido, compreendido e, quem sabe, compartilhado.

Da mesma forma, em geral, não será efetiva a produção de um artigo científico que contenha gírias, seja extremamente resumido, possua abreviações comuns ao meio digital... O texto, provavelmente, não será aceito para publicação em periódico algum, visto que o público alvo, nesse caso e na maioria das vezes, são seus pares, atuantes da mesma área que você, que procuram conteúdo técnico e científico para leitura.


Isso comprova que "escrever difícil" não é sinônimo de "escrever bem". Muito pelo contrário! "Escrever bem" é se fazer entender pelo público que deseja alcançar, sendo capaz de adaptar seu vocabulário a depender da situação.

Por isso, antes de produzir, pense na pergunta: para quem estou escrevendo?

Somente após refletir sobre isso, consciente de seu público alvo, escreva. 😉

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